Escola
História
Um Mundo de Possibilidades - Prof. Kleiton Santiago - EEEP Paulo VI
Há 50 anos, em março de 1964, num contexto ainda marcado por precariedades, tendo a democracia sido silenciada por um Regime Militar recém-instaurado, nascia uma Escola, na periferia de Fortaleza, no bairro do Jardim América como anexo do Liceu do Ceará. Em 31 de Maio de 1968, esse anexo se transformou no Colégio Paulo VI, segundo a lei 9.050, tendo a frente como diretor, o Pe. Alberto Nepomuceno de Oliveira, parente do renomado músico nacionalista de nome também Alberto Nepomuceno. Pouco tempo depois, foram abertas inscrições para exame de admissão de novos alunos, com a aprovação de cerca de 1500 estudantes. Desse momento em diante, a Escola passou a ser integrada por alunos do nível ginasial ao cientifico, conforme a cultura escola do período, o que equivaleria atualmente, ao ensino fundamental e médio. Esse processo se estendeu pelos anos de 1960 e colocou a Escola no rol das instituições bem conceituadas da cidade.
A partir de 1973, a Escola cresceu em estrutura, passou por reformas, sendo reconfigurada como instituição de ensino fundamental de 1ª à 8ª série, no período diurno, e de 5ª à 8ª série, no período noturno. Em 1978, chama atenção o grau de organização vivenciado, por gestores, professores e servidores. Além das disciplinas convencionais, os alunos tinham aulas de técnicas integradas para o lar, técnicas industriais (mecânica, marcenaria e tipografia), técnicas comerciais e datilografia. O ano letivo era composto de 180 dias , sendo o horário da manhã compreendido entre 7:30 às 11 horas, o da trade de 14 horas às 17 horas e o da noite das 19 horas às 21 horas. Nesse período, duas associações fundadas entre os muros da Escola ganharam destacada adesão comunitária; o Centro Cívico Tiradentes, criado no final doa anos de 1070 e a Associação de Pais, Mestres e Comunitários, fundada em 1983.
A partir de 1992, fruto de uma ampla reforma educacional, foi implantada a metodologia do Telensino, inicialmente com duas turmas de 5º ano, posteriormente estendido também a todas as turmas de 5º a 8º, com exceção do horário noturno, que manteve a metodologia tradicional de ensino. Ainda no anos 1990, para dar suporte a esse processo foi implantado o Projeto Vídeo Escola, onde a Escola Paulo VI, funcionava como videoteca, sendo um núcleo que servia a 10 escolas da mesma região. emprestando vídeos, elaborando e avaliando trabalhos, dos quais eram reportados a SEDUC mensalmente. Um desses trabalhos foi selecionado pela Fundação Roberto Marinho, vindo a representar o país num evento educacional sediado em Cuba.
Em 1995 foi eleito o primeiro Conselho Escolar, tendo como presidente a supervisora Magda Isidório Gomes. Nesse mesmo ano houve também a primeira eleição para cargo de diretor escolar, sendo eleita com 98% dos votos, a professora Regina Stela Araújo Ramos.
A partir de 1999, a Escola adota uma nova nomenclatura, passando a se chamar Escola de Ensino Fundamental e Médio Paulo VI, obedecendo a uma tendência de divisão de responsabilidades entre estado e municípios com relação ao níveis escolares. Esse processo foi aprofundado em 2001, com a municipalização de grande parte do ensino fundamental, o que fez com que a Escola perdesse as turmas de 1º ao 4º ano. O final desse processo foi coroado pela extinção do malogrado sistema de Telensino, que se mostrou ineficiente ao reduzir professores formados em áreas especificas a orientadores polivalentes.
A Escola também enfrentou pressões sociais como brigas de gangs, alunos usuários de drogas, eleições de gestão conturbadas e evasão escolar, o que contribuiu para o desenvolvimento de forte sentimento de desconfiança e perda de credibilidade juto a comunidades de meados dos 1990 até o início dos anos 2000.
Em 2005, sob-regime de intervenção assume o comando da Instituição, a diretora Corina Bastos Bitu com a missão de recuperar a estabilidade construída em tempos passados. A mesma diretora se mantém no cargo até a presente data.
Em 2008, outra grande mudança se apresenta no cenário da educação estadual com a implantação das Escolas de Educação Profissional em regime integral. Essa realização foi possível graças à institucionalização do ensino médio e da educação profissional garantida pela Lei nº 9.394/96 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional - e sua respectiva regulamentação através do Parecer CNE/CEB nº39/2004 do Decreto Federal nº 5.154/04.
No caso do Ceará, seis escolas inciam o processo, sendo a Escola Paulo VI, a representante da quarta região de Fortaleza, incialmente com os cursos de Informática, Turismo e Segurança do Trabalho. Em 2010, concluíram as primeiras turmas, habilitadas na modalidade de educação de tempo integral no Ceará, sendo a escola Paulo VI parte dessa história. A formatura das primeiras turmas, hora à tradição da Instituição e celebra a atenção fomentada por decentes e discentes ao objetivo da educação pública de qualidade. Um compromisso assumido pela Escola Paulo VI, que pode ser ilustrado no trecho dos Referenciais das as EEEP's que afirma ser objetivo das Escolas de Educação Profissional:
"Garantir educação básica com equidade e foco no sucesso do aluno",(...)expressa a missão da Escola Profissional: "Integrar a formação escolar de nível médio com uma habilitação profissional técnica através de educação acadêmica de excelência, formação para o mundo do trabalho, práticas e vivências em protagonismo Juvenil"
Nos últimos anos a Escola Paulo VI, acumulou experiência na modalidade de ensino integral, além de parceria com diversas empresas e instituições, onde os alunos tem desempenhado seus estágios sob a supervisão dos professores técnicos. A parceria com o Instituto Aliança e a valorosa experiência do curso de alemão, apoiada pelo Goethe-Institut têm rendido reconhecimento e oportunizado intercâmbios entre estudantes educadores. Outro Destaque conquistado por professores e alunos guarda relação com as premiações colecionadas pela Escola como, o prêmio Aprender Pra Valer, conquistado em 2009, ao colocar a Escola entre as de maior destaque com relação às avaliações externas; e o prêmio de Escola Destaque promovido pela associação Junior Achievement em 2010. Ainda com relação às avaliações externas e a inserção no mercado de trabalho vale ressaltar o crescimento progressivo desses números entre 2010 e 2013.
Com relação ao eventos promovidos pela Escola podemos salientaras experiências exitosas do Sarau Literário, Feiras de Ciências, Semana da Africanidade, Feira das Profissões e mais recentemente pela Mostra Cultural, que se tem mostrado um evento interdisciplinar.
Atualmente, Escola Estadual de Educação Profissional Paulo VI conta com os cursos de Técnico em Enfermagem, Técnico em Segurança do Trabalho, Técnico em Redes de Computadores, Técnico em Hospedagem e Técnico em Logística que perfazem 12 turmas, com cerca de 500 alunos no total, orientados por uma equipe de 22 professores da Base Nacional Comum, 21 professores técnico, 13 servidores e 5 gestores, todos imbuídos do objetivo da Construção de uma educação pública de qualidade, onde um mundo de possibilidades tenha espaço para crescer.
Estrutura
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Quadra Esportiva e Salas de Aula |